Sabemos existirem
os “Velhos do Restelo” e os “Arautos da Desgraça”.
Tiveram a sua época,
medieva ou nem tanto.
Nos tempos que
correm foram substituídos pelos articulistas e os fazedores de opinião.
Com um acréscimo:
os consumidores de informação, vulgo “público”, não vêem noticiários nem
compram jornais (e consequentemente não consomem o que eles produzem) se o que
encontram for positivo ou elogioso.
Haverá que saber
das catástrofes, dos acidentes, das mortes e dos erros. E quanto mais poderosos
forem aqueles de quem se fala nas falhas ou crimes, mais a “populaça” gosta. E
lê jornais ou assiste a noticiários. Para gáudio comercial de empresários ou
ideológico de políticos.
A especialidade
dos “opinion makers” é dizer mal! Quanto mais mal disserem, quanto mais
corrosivos forem, quantos mais questões levantarem, mais vendem e mais
assegurados estão os “linguados” ou “peças” que avençam.
Sugestão de
confirmação (ou negação) do acima dito:
Procure-se num
jornal ou televisão notícias positivas ou elogiosas sobre poderosos ou
governantes.
A título de
exemplo, verifique-se o ênfase (ou falta dele) que foi dado pelos media às
recentes alterações legislativas sobre o apoio público a pessoas com deficiência.
Claro está que os
donativos feitos por Ronaldo são noticiados. Mas é um ídolo popular, não um
poderoso ou governante de coisa pública.
Encontrar elogios
ou incentivos perante bons exemplos nos media é coisa rara. Um pouco como a
lei, que regulamenta, proíbe e define sanções às actividades humanas, deixando
de fora os incentivos, os exemplos ou as recomendações positivas.
Os media são o
pessimismo materializado. Os comentadores e fazedores de opinião o seu expoente
máximo.
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