quarta-feira, 10 de maio de 2017

Escribas de serviço



O título no jornal é “Última hora escola assaltada e vandalizada em Lisboa”.
Como sub título pode ler-se “ Funcionários e crianças tiveram de ser assistidos pelo INEM”.

A primeira interpretação a partir daqui, e antes de se ler toda a notícia, é que o acto aconteceu com funcionários e crianças por perto, o que pode conduzir a uma segunda interpretação ou pergunta: O que terão feito aos funcionários e crianças?
Lendo o corpo da notícia, particularmente escasso de detalhes, ficamos a saber que o assalto ocorreu de madrugada, que foram roubados computadores e despejados os extintores. Isto para além de actos de vandalismo não especificados.
A necessidade de serem assistidos pelo INEM aconteceu porque alguns funcionários terão inalado restos do despejado dos extintores. E algumas crianças por precaução.
Claro que fica de seguida a pergunta: Se o assalto ocorreu de madrugada, quão grave terá sido a inalação dos restos dos extintores? Ou terão andado os funcionários com o nariz no chão e nos móveis a aspirar o pó branco residual, pensado tratar-se de uma prenda do Pai Natal?

Gosto do alarmismo social que alguns escribas de serviço se encarregam de provocar nas folhas de couve em que derramam a sua incompetência.


A imagem? A que acompanha o artigo em causa.

By me

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