O instituto nacional de meteorologia fala-nos do mês de Março como o mais seco dos últimos onze anos.
Curiosamente, vem na mesma linha do relatório sobre o ano de 2008, em que o classifica como particularmente seco, chegando mesmo a considerar algumas zonas do território nacional como em “seca severa”.
Nenhuma destas observações tem qualquer tipo de cariz político ou equivalente. Baseiam-se em medições de pluviosidade actuais e nas estatísticas dos anos em que houve estatísticas. E “contra factos não há argumentos”.
Há antes, ou pode haver, medidas de contenção e de boa gestão dos recursos que a Mãe Natureza nos disponibiliza. Economia no consumo doméstico, parcimónia no consumo industrial, reduções de perdas na distribuição, boa gestão por parte das entidades públicas.
Mas aquilo que tenho ouvido das entidades governamentais (afinal eleitas para gerir os recursos e bens públicos) em pouco ou nada referem esta situação de escassez. Não vejo campanhas apelando à redução ou racionalização do consumo de água por parte dos cidadãos, privados, públicos ou empresariais.
Claro está que nos encontramos em ano de eleições – várias – e não ficaria bem na fotografia que os poderes actuais viessem pedir mais sacrifícios para além dos já exigidos pela crise económica.
Já basta a baixa do poder de compra, as restrições aos créditos, os despedimentos e lay off, encerramento de empresas e a afins.
A menos que surja algum argumentista político a discursar, usando a Mãe Natureza por todos os males e acusando a falta de chuva como responsável pelo estado de crise que vivemos. Escusando assim os poderes públicos e responsabilidades nas tarefas de regular actividades, bancárias incluídas, e de providenciar o bem-estar dos cidadãos, eleitores ou não.
A seca, que se evidenciará mais lá para o verão nos preços dos supermercados e nas dificuldades em tomar duche, será uma dor de cabeça para as forças políticas no poder, ao tentarem re-eleições. E uma bênção para as forças da oposição, que explorarão até ao tutano as mesmas circunstâncias.
No entanto:
Quando foi a última vez que VOCÊ poupou água?
Texto e imagem: by me
Curiosamente, vem na mesma linha do relatório sobre o ano de 2008, em que o classifica como particularmente seco, chegando mesmo a considerar algumas zonas do território nacional como em “seca severa”.
Nenhuma destas observações tem qualquer tipo de cariz político ou equivalente. Baseiam-se em medições de pluviosidade actuais e nas estatísticas dos anos em que houve estatísticas. E “contra factos não há argumentos”.
Há antes, ou pode haver, medidas de contenção e de boa gestão dos recursos que a Mãe Natureza nos disponibiliza. Economia no consumo doméstico, parcimónia no consumo industrial, reduções de perdas na distribuição, boa gestão por parte das entidades públicas.
Mas aquilo que tenho ouvido das entidades governamentais (afinal eleitas para gerir os recursos e bens públicos) em pouco ou nada referem esta situação de escassez. Não vejo campanhas apelando à redução ou racionalização do consumo de água por parte dos cidadãos, privados, públicos ou empresariais.
Claro está que nos encontramos em ano de eleições – várias – e não ficaria bem na fotografia que os poderes actuais viessem pedir mais sacrifícios para além dos já exigidos pela crise económica.
Já basta a baixa do poder de compra, as restrições aos créditos, os despedimentos e lay off, encerramento de empresas e a afins.
A menos que surja algum argumentista político a discursar, usando a Mãe Natureza por todos os males e acusando a falta de chuva como responsável pelo estado de crise que vivemos. Escusando assim os poderes públicos e responsabilidades nas tarefas de regular actividades, bancárias incluídas, e de providenciar o bem-estar dos cidadãos, eleitores ou não.
A seca, que se evidenciará mais lá para o verão nos preços dos supermercados e nas dificuldades em tomar duche, será uma dor de cabeça para as forças políticas no poder, ao tentarem re-eleições. E uma bênção para as forças da oposição, que explorarão até ao tutano as mesmas circunstâncias.
No entanto:
Quando foi a última vez que VOCÊ poupou água?
Texto e imagem: by me
Sem comentários:
Enviar um comentário