sábado, 21 de outubro de 2023

Seu João




Os olhos dizem sempre mais que aquilo que a boca conta.

E eu não me atrevo a escrever aquilo que a boca falou, que seria indiscrição em demasia.

Fica o facto de um barbudo reconhecer e sentir-se irmanado com outro barbudo. Fica o seu nome: João Reis. E ficam os votos de “Muita merda, seu João”.

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Acrescento um detalhe técnico pessoal: No tempo em que fotografava em película e em preto e branco, carregava comigo uma panóplia de filtros para correcção de contraste em função das cores. O amarelo é o clássico, seguido do laranja. Mas o azul (vários tons), o âmbar (vários tons), o verde, o verde-amarelo, o magenta, o vermelho... 

Em função da luz, das cores e tons do primeiro plano e do fundo e da emoção que queria transmitir, assim escolhia o filtro. Trabalho, tempo, experiência e muitos erros pelo caminho.

No dias que correm a técnica veio substituir o peso e volume, bem como o tempo gasto na tomada de vista. E evitar muitos erros de avaliação e execução.

Fotografias feitas em cor e trabalhadas posteriormente em função da memória das emoções aquando da tomada de vista. O que também implica, entenda-se, conhecer essas ferramentas e tomar decisões ao fotografar que ajudem o trabalho posterior.

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Pentax K1 mkII, Pentax-M 35mm 1:2


By me

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