sábado, 28 de outubro de 2023

Achados




Fui encontrar-me com alguém que vende on-line. Não gosto de fazer negócio de coisas usadas sem as ver primeiro nas minhas mãos e, mesmo assim, corre-se algum risco.

Mas tratavam-se de pára sois, coisa que dificilmente pode estar avariada. Sendo que havia pouca informação sobre cada um deles, e como já nos conhecemos, encontrámo-nos.

Tenho por princípio que as objectivas devem usar um pára sol. Não apenas para a função óbvia – evitar reflexos ou “flares” indesejáveis, como também como protector da parte frontal da objectiva. Já parti alguns por pancadas mas nunca uma objectiva.

Acontece que não é fácil de encontrar estes objectos. Muita gente considera-os supérfulos e os fabricantes não os produzem para compensar perdas ou acidentes. Além do mais, quem vende objectivas usadas raramente os inclui: ou porque não os tem ou porque quer fazer negócio separado.

Assim, em vendo pára sois em venda, e se forem menos comuns, fico com eles. Era o caso.

Só não contava era que, no lote em causa, encontrar algo de bem raro: um pára sol para uma 24mm que tenho. O fabricante de origem, Pentax, alerta para que o seu tem alguns problemas de eficácia e “vinhetagem”, propondo uma alternativa. O que torna ainda mais difícil encontra-lo.

Pois este é de um fabricante independente e eu ignorava que o tinha fabricado. E digo tinha porque já não o produz, o que torna coisa ainda mais difícil de encontrar.

O ter uma fixação por aperto com mola e não de rosca como habitualmente na época, torna o sistema ajustavel para qualquer objectiva com esta distância focal e boca de entrada em que o elemento frontal não rode ao focar. O ter tampa dedicada faz do objecto algo de bonito, o que é uma mais valia. E o ter este aspecto, pouco consentânio com a Pentax, faz do conjunto algo de ainda mais incomum.

Não são as ferramentas que definem o artesão, mas gosto de as ter bonitas. Melhor ainda se forem baratas.

Pentax K1, Pentax-M 35mm 1:2


By me

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