Fui encontrar-me com alguém que vende on-line. Não gosto de
fazer negócio de coisas usadas sem as ver primeiro nas minhas mãos e, mesmo
assim, corre-se algum risco.
Mas tratavam-se de pára sois, coisa que dificilmente pode
estar avariada. Sendo que havia pouca informação sobre cada um deles, e como já
nos conhecemos, encontrámo-nos.
Tenho por princípio que as objectivas devem usar um pára
sol. Não apenas para a função óbvia – evitar reflexos ou “flares” indesejáveis,
como também como protector da parte frontal da objectiva. Já parti alguns por
pancadas mas nunca uma objectiva.
Acontece que não é fácil de encontrar estes objectos. Muita
gente considera-os supérfulos e os fabricantes não os produzem para compensar
perdas ou acidentes. Além do mais, quem vende objectivas usadas raramente os
inclui: ou porque não os tem ou porque quer fazer negócio separado.
Assim, em vendo pára sois em venda, e se forem menos comuns,
fico com eles. Era o caso.
Só não contava era que, no lote em causa, encontrar algo de
bem raro: um pára sol para uma 24mm que tenho. O fabricante de origem, Pentax,
alerta para que o seu tem alguns problemas de eficácia e “vinhetagem”, propondo
uma alternativa. O que torna ainda mais difícil encontra-lo.
Pois este é de um fabricante independente e eu ignorava que
o tinha fabricado. E digo tinha porque já não o produz, o que torna coisa ainda
mais difícil de encontrar.
O ter uma fixação por aperto com mola e não de rosca como
habitualmente na época, torna o sistema ajustavel para qualquer objectiva com
esta distância focal e boca de entrada em que o elemento frontal não rode ao
focar. O ter tampa dedicada faz do objecto algo de bonito, o que é uma mais
valia. E o ter este aspecto, pouco consentânio com a Pentax, faz do conjunto
algo de ainda mais incomum.
Não são as ferramentas que definem o artesão, mas gosto de
as ter bonitas. Melhor ainda se forem baratas.
Pentax K1, Pentax-M 35mm 1:2
By me
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