Há quatro anos aconteceu um ataque a um jornal francês –
Charlie Hebdo – que escandalizou o mundo. Porque morreram assassinadas diversas
pessoas, porque foi em França, local que se considerava seguro, porque foram
fanáticos do Islão, porque foi posta em causa a liberdade de expressão.
Agora foi a vez do jornal New York Times. Sem balas mas
igualmente mortífero.
Uma caricatura do cartoonista António onde se criticava a
relação entre o presidente Trump (EUA) e o primeiro-ministro Netanyahu (Israel)
foi censurada. As acusações ao jornal e ao autor foram de anti-semitismo.
O Jornal, na altura, pediu desculpas públicas e decidiu não
mais publicar cartoons de cariz político na sua edição nacional. Agora estendeu
esta decisão à sua versão internacional.
Sabemos que as críticas (escritas ou desenhadas) sobre o
Islão são beras mas toleradas. Tal como sobre os Romani ou outras minorias ou
confissões religiosas. Na comunidade internacional abrangida pelos grandes e
poderosos.
Agora a comunidade judaica, em Israel ou disseminada pelo
mundo, ou o Papa (lembro-me de um cartoon com um preservativo), isso já não se
admite!
Não são balas ou bombas que estão a matar a liberdade de
expressão! É o politicamente correcto que o está a fazer, submetido a poderes
com duplicidade de critérios. E o silêncio dos cidadãos perante a chacina do
pensamento é ensurdecedor.
“A pena é mais poderosa que a espada. Quebremo-la sem grande
alarido!”
O terrorismo sem Kalashnikov é tão mortífero quanto com ele.
Apenas mais silencioso.
By me
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