Há algum tempo, passeava-me eu em plena Praça da Catalunha, Barcelona, e oiço gritar:
“JC! JC!”
Como, de acordo com o título de um livro que tenho algures por aí e de que até nem gosto, “Não há coincidências”, olhei em redor, que deveria ser comigo. Era!
Dois jovens atravessavam as faixas de rodagem por entre o denso tráfego, e corriam para mim. E, à medida que se aproximavam, reconheci-os: dois ex-alunos.
Os abraços selaram o encontro e reafirmaram, se dúvidas existissem, que havíamos passado uns bons tempos, lá na escola.
E enquanto eu confessa estar ali apenas na condição de turista, ainda que desejasse ardentemente ali residir, contavam-me eles que tinham ido até lá por via de um estágio de fim de curso e tinham por lá ficado que haviam encontrado um bom e estável emprego. Viviam lá! Deixando-me radiante com a novidade. Ainda que um pouco invejoso, confesso.
Como este, vários têm sido os encontros, ao dos tempos, com gente que ajudei a aprenderem um ofício. Por acaso aquele de que gosto ou correlacionado.
Alguns de sucesso, outros com altos e baixos, que o mercado de trabalho está como se sabe e no audiovisual não está melhor.
Surpresa mesmo foi hoje!
Abordado à entrada de um centro comercial por umas mocinhas, num peditório daqueles de fim/inicio de mês e que recusei, uma delas pede-me que me deixe fazer-me uma fotografia com ela, que tinha gostado da minha barba. E eu, que gosto de desafios mas também de não perder oportunidades, propus-lhe uma troca: fazia-me ela a fotografia, fazia-lhe eu uma fotografia dos seus olhos. Que querem, caçador de troféus funciona assim!
Conversa vai, conversa vem, aproxima-se outra delas, que também fotografei, e uma terceira que, olhando para mim, me pergunta se eu não daria aulas. E na escola “TAL”.
Dúvidas que existissem, teriam desaparecido e acabámos por nos referenciar: tinha ela frequentado uma das minhas aulas, por pouco tempo, no último ano em que lá tinha trabalhado. E, lamentavelmente, não me recordava eu dela.
Lamentável ou talvez não, que ainda que fosse ela a estabelecer o contacto, não parecia particularmente contente de ter sido encontrada ali, num peditório para uma instituição de apoio a toxicodependentes.
Mas o mundo é o que é, com os seus altos e baixos. E não tive eu a coragem de lhe pedir para a fotografar agora, estando ela num baixo e com o passado comum tido.
Em alternativa, aqui ficam os olhos de uma das suas amigas!
Talvez após umas revoluções do globo, nos possamos encontrar de novo, desta feita estando ela num alto ou, pelo menos, num neutro. Nessa altura, quero fotografar os seus olhos, garantidamente.
Que caçador de troféus não perde oportunidade. Pelo menos a maioria delas!
Texto e imagem: by me
“JC! JC!”
Como, de acordo com o título de um livro que tenho algures por aí e de que até nem gosto, “Não há coincidências”, olhei em redor, que deveria ser comigo. Era!
Dois jovens atravessavam as faixas de rodagem por entre o denso tráfego, e corriam para mim. E, à medida que se aproximavam, reconheci-os: dois ex-alunos.
Os abraços selaram o encontro e reafirmaram, se dúvidas existissem, que havíamos passado uns bons tempos, lá na escola.
E enquanto eu confessa estar ali apenas na condição de turista, ainda que desejasse ardentemente ali residir, contavam-me eles que tinham ido até lá por via de um estágio de fim de curso e tinham por lá ficado que haviam encontrado um bom e estável emprego. Viviam lá! Deixando-me radiante com a novidade. Ainda que um pouco invejoso, confesso.
Como este, vários têm sido os encontros, ao dos tempos, com gente que ajudei a aprenderem um ofício. Por acaso aquele de que gosto ou correlacionado.
Alguns de sucesso, outros com altos e baixos, que o mercado de trabalho está como se sabe e no audiovisual não está melhor.
Surpresa mesmo foi hoje!
Abordado à entrada de um centro comercial por umas mocinhas, num peditório daqueles de fim/inicio de mês e que recusei, uma delas pede-me que me deixe fazer-me uma fotografia com ela, que tinha gostado da minha barba. E eu, que gosto de desafios mas também de não perder oportunidades, propus-lhe uma troca: fazia-me ela a fotografia, fazia-lhe eu uma fotografia dos seus olhos. Que querem, caçador de troféus funciona assim!
Conversa vai, conversa vem, aproxima-se outra delas, que também fotografei, e uma terceira que, olhando para mim, me pergunta se eu não daria aulas. E na escola “TAL”.
Dúvidas que existissem, teriam desaparecido e acabámos por nos referenciar: tinha ela frequentado uma das minhas aulas, por pouco tempo, no último ano em que lá tinha trabalhado. E, lamentavelmente, não me recordava eu dela.
Lamentável ou talvez não, que ainda que fosse ela a estabelecer o contacto, não parecia particularmente contente de ter sido encontrada ali, num peditório para uma instituição de apoio a toxicodependentes.
Mas o mundo é o que é, com os seus altos e baixos. E não tive eu a coragem de lhe pedir para a fotografar agora, estando ela num baixo e com o passado comum tido.
Em alternativa, aqui ficam os olhos de uma das suas amigas!
Talvez após umas revoluções do globo, nos possamos encontrar de novo, desta feita estando ela num alto ou, pelo menos, num neutro. Nessa altura, quero fotografar os seus olhos, garantidamente.
Que caçador de troféus não perde oportunidade. Pelo menos a maioria delas!
Texto e imagem: by me