Foi notícia um destes dias:
Na Alemanha, com direito a cerimónia oficial e solene, foi homenageado um oficial alemão por ter tentado assassinar Adolf Hitler. Ao que recordo, tratava-se de um oficial superior, que o tentou fazer com uma bomba ocultada numa pasta que terá levado para uma reunião de estado-maior, já em 1945. E, pelo que a história nos conta, a bomba explodiu mas falhou o alvo principal. O oficial em causa foi, pouco depois, detido e executado.
Esta notícia, confesso, deixa-me arrepiado. Não porque nutra alguma simpatia por Adolf Hitler, o seu regime ou mesmo o seu ideal de sociedade. Nem pouco mais ou menos.
Mas fico incomodado por se homenagear alguém que tentou matar um ser humano. Nos tempos que correm, na sociedade que construímos e vivemos, homenagear uma tentativa de assassinato, ainda que pelos melhores motivos, não é consentâneo com os conceitos de paz, harmonia, tolerância, evolução social que se apregoa pela Europa fora.
Indo mais longe, tratou-se de uma tentativa falhada. Ainda que bem planeada, as circunstâncias alteram-se fortuitamente e o ditador sobreviveu à bomba. Assim, não apenas se homenageou um assassino como um falhado. Uma homenagem a um fracasso, ainda que pago com a vida.
Mas a cereja no topo do bolo é que o assassino, que falhou, era um oficial de confiança do alvo do atentado. Só conheço um termo que classifique condignamente este acto: traição!
Assim, ainda que os motivos possam ter sido os melhores, e foram-no, homenagearam um assassínio falhado, resultante de uma traição.
Serão estes actos – assassínios, falhanços, traições – os exemplos que queremos que sejam respeitados e copiados no futuro? Serão estas as lições que queremos que as crianças de hoje aprendam como os comportamentos certos a terem quando crescidas?
A juntar a tudo isto, recorde-se que a homenagem decorreu mais de meio século passado sobre a II Guerra Mundial. Uma homenagem bem à distância.
Mas, neste aspecto, não podemos nós – portugueses – ser exemplos de comportamento. Não apenas o nosso primeiro rei e fundador da nacionalidade o foi porque entrou em guerra com sua mãe como, recentemente, lhe foi atribuída uma medalha, entregue e ficando à guarda da presidência da república. Novecentos anos passados.
Efectivamente, são homenagens que me arrepiam. E que me deixam preocupado sobre os exemplos que damos aos vindouros!
Texto e imagem: by me
Na Alemanha, com direito a cerimónia oficial e solene, foi homenageado um oficial alemão por ter tentado assassinar Adolf Hitler. Ao que recordo, tratava-se de um oficial superior, que o tentou fazer com uma bomba ocultada numa pasta que terá levado para uma reunião de estado-maior, já em 1945. E, pelo que a história nos conta, a bomba explodiu mas falhou o alvo principal. O oficial em causa foi, pouco depois, detido e executado.
Esta notícia, confesso, deixa-me arrepiado. Não porque nutra alguma simpatia por Adolf Hitler, o seu regime ou mesmo o seu ideal de sociedade. Nem pouco mais ou menos.
Mas fico incomodado por se homenagear alguém que tentou matar um ser humano. Nos tempos que correm, na sociedade que construímos e vivemos, homenagear uma tentativa de assassinato, ainda que pelos melhores motivos, não é consentâneo com os conceitos de paz, harmonia, tolerância, evolução social que se apregoa pela Europa fora.
Indo mais longe, tratou-se de uma tentativa falhada. Ainda que bem planeada, as circunstâncias alteram-se fortuitamente e o ditador sobreviveu à bomba. Assim, não apenas se homenageou um assassino como um falhado. Uma homenagem a um fracasso, ainda que pago com a vida.
Mas a cereja no topo do bolo é que o assassino, que falhou, era um oficial de confiança do alvo do atentado. Só conheço um termo que classifique condignamente este acto: traição!
Assim, ainda que os motivos possam ter sido os melhores, e foram-no, homenagearam um assassínio falhado, resultante de uma traição.
Serão estes actos – assassínios, falhanços, traições – os exemplos que queremos que sejam respeitados e copiados no futuro? Serão estas as lições que queremos que as crianças de hoje aprendam como os comportamentos certos a terem quando crescidas?
A juntar a tudo isto, recorde-se que a homenagem decorreu mais de meio século passado sobre a II Guerra Mundial. Uma homenagem bem à distância.
Mas, neste aspecto, não podemos nós – portugueses – ser exemplos de comportamento. Não apenas o nosso primeiro rei e fundador da nacionalidade o foi porque entrou em guerra com sua mãe como, recentemente, lhe foi atribuída uma medalha, entregue e ficando à guarda da presidência da república. Novecentos anos passados.
Efectivamente, são homenagens que me arrepiam. E que me deixam preocupado sobre os exemplos que damos aos vindouros!
Texto e imagem: by me
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