quarta-feira, 23 de abril de 2025

Prazeres




Eu gosto de fotografar.

Gosto de usar a fotografia para transmitir algum tipo de mensagem, mesmo que seja “vejam como isto é bonito”.

Gosto de, confrontado com um assunto, imaginar o resultado final.

Gosto de, perante o resultado final imaginado, encontrar a forma de o concretizar, usando a perspectiva e a luz.

E gosto de, perante a imagem final, poder dizer “Era isto que eu queria”, nas suas diversas facetas.

Mas há prazer que tenho e que é um desfio intimista: perante um assunto (que encontrei ou que criei) e perante a perspectiva que quero, saber qual a objectiva ou distância focal para fotografar.

Claro que, para poder fazer este jogo muito pessoal, tenho que conhecer mais ou menos bem as características de cada objectiva. Ou, por outras palavras, tenho que saber qual o ângulo que cada uma me permite.

Foi o que estive a fazer hoje durante a tarde com a mais recente aquisição: Uma 200mm 1:3,5 Tamron Adaptall2. Que, diga-se de passagem, tem uma imagem menos contrastada que o que eu pensava.

Nas diversas fotografias que fiz nesse jogo de ângulos, foi-me mais ou menos fácil “acertar”. Esta  foi a primeira e falhei: escolhi logo um exemplo mais complexo: algo que, sendo redondo, é visto de baixo.

Mas cumpri o que me propunha: escolhida a perspectiva, não arredei pé e foi dali que fotografei com o ângulo de visão que a objectiva me proporcionava.

Talvez que me ajude nesta prática que tenho o ter usado ínumeras vezes, em tempos recuados, o exercício proposto pelo mestre Adams: uma cartolina preta com um rectângulo recortado e ser através dele que era decidido o ponto de tomada de vista. Ainda antes de preparar a câmara. Isto quando eu usava formato 9x12 ou 6,5x9.

Outros tempos e outras práticas.

 

Pentax K1 mkII, Tamron Adaptall2 200mm 1:3,5


By me

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