Eu gosto de fotografar.
Gosto de usar a fotografia para transmitir algum tipo de
mensagem, mesmo que seja “vejam como isto é bonito”.
Gosto de, confrontado com um assunto, imaginar o resultado
final.
Gosto de, perante o resultado final imaginado, encontrar a
forma de o concretizar, usando a perspectiva e a luz.
E gosto de, perante a imagem final, poder dizer “Era isto
que eu queria”, nas suas diversas facetas.
Mas há prazer que tenho e que é um desfio intimista: perante
um assunto (que encontrei ou que criei) e perante a perspectiva que quero,
saber qual a objectiva ou distância focal para fotografar.
Claro que, para poder fazer este jogo muito pessoal, tenho
que conhecer mais ou menos bem as características de cada objectiva. Ou, por
outras palavras, tenho que saber qual o ângulo que cada uma me permite.
Foi o que estive a fazer hoje durante a tarde com a mais
recente aquisição: Uma 200mm 1:3,5 Tamron Adaptall2. Que, diga-se de passagem,
tem uma imagem menos contrastada que o que eu pensava.
Nas diversas fotografias que fiz nesse jogo de ângulos,
foi-me mais ou menos fácil “acertar”. Esta
foi a primeira e falhei: escolhi logo um exemplo mais complexo: algo
que, sendo redondo, é visto de baixo.
Mas cumpri o que me propunha: escolhida a perspectiva, não
arredei pé e foi dali que fotografei com o ângulo de visão que a objectiva me
proporcionava.
Talvez que me ajude nesta prática que tenho o ter usado
ínumeras vezes, em tempos recuados, o exercício proposto pelo mestre Adams: uma
cartolina preta com um rectângulo recortado e ser através dele que era decidido
o ponto de tomada de vista. Ainda antes de preparar a câmara. Isto quando eu
usava formato 9x12 ou 6,5x9.
Outros tempos e outras práticas.
Pentax K1
mkII, Tamron Adaptall2 200mm 1:3,5
By me
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