Faz tempo que não me acontecia:
Ter um assunto sobre o qual perorar e faltar-me a arte ou o
engenho para o fazer.
O tema é por si só complexo: as ligações afectivas com uma
imagem fotográfica. Ligações positivas e negativas, o modo de o manifestar, as
consequências dessas manifestações e emoções e as diferenças disto tudo entre a
imagem em formato digital e em suporte físico.
Tenho tentado dar corpo a essas ideias sob a forma de texto
e imagem passível de ser acedido por aqui, nas autoestradas da informação e nas
redes sociais. Mas estou em crer que ainda não estiveram essas ideias em “banho
maria” aqui na minha cabeça o tempo suficiente para as colocar cá fora
organizadas e sucintas o suficiente.
Que, para cada ponto acrescentado, muitos são os que surgem
correlacionados, qual deles o mais complexo e com mais ramificações.
Talvez que não tenha pensado o suficiente sobre o assunto.
Talvez que não tenha lido o suficiente de outros pensadores sobre o assunto.
Talvez que, enquanto produtor de imagens fotográficas, não consiga o
distanciamento suficiente. Talvez que tenha que deixar de ter afectos (positivos
ou negativos) com as imagens para sobre isso discorrer.
Mas as ideias estão aí, batendo-me forte até porque com
motivos recentes. Quase que me brotam da testa, quando não do teclado ou da
caneta.
Mas o síndroma do papel virgem ou do ecrã vazio é terrível e
doloroso.
By me
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