sábado, 16 de julho de 2022

Manias



 

O texto e a imagem têm dez anos, mais ou menos uns dias. O que acaba por ter graça é ter repetido as conversas e acções há poucos dias, agora noutro local. De facto, são manias.

 

“Manias

Há coisa de quinze dias tive uns técnicos de comunicações aqui em casa.

O trabalho implicava passar cabos e instalar equipamento, pelo que ainda demorou um pedaço.

A dada altura não resisti e perguntei-lhes se poderia fumar um cigarro.

Ficaram a olhar para mim, com cara de espanto, dizendo-me de seguida que naturalmente que sim, que eu estava em minha casa.

Ainda assim, fiquei na dúvida se a resposta foi de circunstância ou se, de facto, não se importavam que eu fumasse por perto.

É que, mesmo estando eles em minha casa, estavam também a trabalhar e não faria sentido obrigá-los a suportar os restos do meu vício.

Pouco tempo depois, numa jantarada de colegas num restaurante, um houve que não se conteve e, por duas vezes, tratou de acender um cigarro, às escondias de quem nos atendia. Era tarde e o espaço estava quase por nossa conta. Mas a noite estava simpática e aporta mesmo ali ao pé.

Ele há uns e há outros. Por mim, prefiro continuar a perguntar a quem recebo em casa, mesmo que em trabalho, se não incomodo.”


By me

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