quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Retrato de una desconhecida




Tinha saído de casa com este espelho no saco para o partir e fazer uma paródia fotográfica sobre a sexta-feira 13 e as demais coisas do azar.

Mas antes de o fazer surgiu junto à minha câmara á-lá-minuta esta jovem senhora com quem estive um pedaço de conversa. E pedi-lhe para fazer algumas fotografias com a minha DSLR, uma Pentax K7. Acedeu.

Não sou muito de fazer retratos, de sugerir a frontalidade para a câmara e menos ainda de pedir para sorrir, pelo que a deixei livre nos seus pensamentos e poses.

Depois de algumas abordagens menos convencionais, lembrei-me do espelho que tinha no saco e entreguei-lho, pedindo que se entretivesse com ele. Este foi um dos resultados.

É espantoso como como as pessoas se esquecem da presença da câmara quando têm nas mãos um espelho. Em particular as senhoras. Entram num outro mundo muito seu, numa outra realidade, dialogando com quem vêem na superfície espelhada e não com quem está atrás da câmara.

Já o fotógrafo, se tiver sorte e a luz ajudar, pode passar para além do visível (pele ou vidro) e criar emoções ou sentimentos que vão bem para além do explícito e encontrar implícitos que talvez nunca tenham estado ali.

 

Pentax K7, Sigma 70-300


By me

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