Tinha saído de casa com
este espelho no saco para o partir e fazer uma paródia fotográfica sobre a
sexta-feira 13 e as demais coisas do azar.
Mas antes de o fazer surgiu
junto à minha câmara á-lá-minuta esta jovem senhora com quem estive um pedaço
de conversa. E pedi-lhe para fazer algumas fotografias com a minha DSLR, uma Pentax
K7. Acedeu.
Não sou muito de fazer
retratos, de sugerir a frontalidade para a câmara e menos ainda de pedir para
sorrir, pelo que a deixei livre nos seus pensamentos e poses.
Depois de algumas
abordagens menos convencionais, lembrei-me do espelho que tinha no saco e
entreguei-lho, pedindo que se entretivesse com ele. Este foi um dos resultados.
É espantoso como como as
pessoas se esquecem da presença da câmara quando têm nas mãos um espelho. Em
particular as senhoras. Entram num outro mundo muito seu, numa outra realidade,
dialogando com quem vêem na superfície espelhada e não com quem está atrás da
câmara.
Já o fotógrafo, se tiver
sorte e a luz ajudar, pode passar para além do visível (pele ou vidro) e criar
emoções ou sentimentos que vão bem para além do explícito e encontrar
implícitos que talvez nunca tenham estado ali.
Pentax K7, Sigma 70-300
By me
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