segunda-feira, 28 de julho de 2025
sábado, 26 de julho de 2025
Limitações e soluções
O formato fotográfico alargado na horizontal sempre atraiu
parte da comunidade fotográfica.
Quer fosse porque o assunto principal fosse assumidamente
horizontal e o que mais houvesse na vertical fosse mais “lixo” que componente
do que se queria mostrar, quer fosse para quebrar as normas estéticas das
proporções, quer fosse para aproximar a fotografia da forma de ver humana...
sempre houve quem por aí caminhasse.
Mas um problema se levantou sempre: a compatibilidade dos
formatos apresentados pelos fabricantes de película com a vontade desses
fotógrafos.
Foram várias as abordagens técnicas de fabricantes para os
satisfazer.
Desde a janela da película mais larga e a utilização de
objectivas que tivessem um ângulo de cobertura compatível até às câmaras cuja
objectiva “varria” o ângulo desejado, rodando em torno do seu eixo ótico,
passando pela opção de fazer mais que uma imagem e justapo-las no resultado
final.
A Pentax, tal como outras marcas, também tentou a vertente
panorâmica, mas do modo mais acessível ao público em geral, tanto no criar uma
câmara que que respondia ao habitual mas também às imagens panorâmicas.
No lugar de tentar aproveitar mais película ou criar um
mecanismo mais complexo, introduziu uma alteração da janela do negativo. A
largura manteve-se no convencional mas aproveitava menos na vertical. Bastava rodar
um botão.
Sistema inteligente, de baixo custo, e que permitia o
utilizador escolher um ou outro formato sem entrar em maiores despesas de
câmara ou objectiva, e tudo no mesmo rolo fotográfico.
A Pentax MZ-5 é disso exemplo, produzida em finais dos anos ’90,
pouco antes da popularização dos sistemas digitais.
Claro que as limitações impostas pelos fabricantes de papeis
fotográficos e mesmo dos monitores digitais continuam a vigorar, dificultando
um pouco quem produzir ou criar imagens a seu gosto, mas isso é outro capítulo na
história da industrialização e normalização dos processos criativos.
Pentax K1
MKII, SMC Pentax-M macro 100mm 1:4
By me
quinta-feira, 24 de julho de 2025
terça-feira, 22 de julho de 2025
E se há cinzeiros nas entradas de alguns espaços....
Parece que estão à espera de autorização de uma entidade
oficial para instalarem um inibidor de sinal de telemovel numa prisão
portuguesa.
Não só faz sentido este tipo de equipamento em tal local
como me questiono sobre o porquê de isso não estar instalado e a funcionar há
muito tempo.
E, a tal respeito, acrescento que, com as devidas cautelas,
avisos e legislações, estes inibidores deveriam ser acessíveis a entidades
particulares e não exclusivas a penitenciárias e semelhantes.
Do meu ponto de vista, estabelecimentos de restauração
poderiam tê-los instalados no seu interior. E explico o porquê:
Poucas coisas há mais irritantes que ter que ouvir as
conversas telefónicas da mesa do lado ou do fundo durante um repasto. Já bem
basta as não telefónicas, em que o riso, as discussões, as conversas cruzadas e
equivalentes surgem como poluidores sonoros à nossa refeição.
A tranquilidade da partilha que é um almoço ou jantar em
torno de uma mesa comum deveria ser sagrada e não ser permitido que os demais
se intrometam ou estraguem.
E muitas foram as vezes em que tive vontade de ir questionar
quem assim grita sobre se sabe que “telefonar” significa “falar à distância”,
não sendo necessário gritar para que funcione.
Esta tranquilidade gastronómica seria muito mais fácil de
implementar recorrendo a tecnologia que a educação, coisa que é sabido faltar
um bom pedaço neste país.
Nota adicional: E se os aparelhos na imagem são antigos e
desactualizados, já a minha opinião também é antiga mas cada vez mais actual.
By me
domingo, 20 de julho de 2025
Em linha
Liberdade
sábado, 19 de julho de 2025
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Clássico
É só um clássico da fotografia.
Como qualquer câmara, também esta tem a sua história: aquilo
que fotografou e as mãos que a usaram.
Para já, refiro apenas que tenho muito orgulho em a ter
agora nas minhas mãos e na forma como a elas chegou.
Pentax K1
mkII, SMC Pentax-M macro 100mm 1:4
By me
quinta-feira, 17 de julho de 2025
Prazeres e satisfações
Parte do prazer está na concepção. Definir conceitos,
abordagens, utilizações. E encontrar a vertente teórica que satisfaça todas as
permissas.
Em seguida vem a vertente prática. Ensaios, ajustes,
verificações. Escolha de equipamento e resultados, verificação do existente e
do em falta se imprescindível.
O passo seguinte será o garantir condições para a manutenção
do definido, assegurando que o definido é cumprido durante o progresso dos
trabalhos, deixando os improvisos e soluções de recurso de parte para acautelar
e impedir as falhas.
Por fim vem a parte monótona da repetição. Peça por peça a
mesma rotina. Na tomada de vista e no tratamento posterior. É aqui que a coisa
perde a piada e aquilo que começou por ser interessante e divertido se transforma
em algo que suspiramos por terminar. Para passarmos ao seguinte.
Mas há algo que sobrevém a este enfado e que vai aumentando
ao longo do tempo: o ter-se conseguido cumprir aquilo a que nos propusemos. Nas
diversas vertentes.
O pior e o mais exigente dos “clientes” somos nós mesmos.
Na imagem: o exemplar da Pentax S1 existente aqui em casa.
Pentax K1
mkII, SMC Pentax-M macro 100mm 1:4
By me
sábado, 12 de julho de 2025
Regresso ao passado
Uma câmara, uma focal fixa, luz e cor. Mais nada.
E para os que dizem que é material velho (a câmara tem uns
bons 15 anos na minha mão e “apenas” 14 Mp, a objectiva 40 anos de fabricada)
eu diria que velhos são os trapos.
E mesmos estes são usados para fazer trapilhos, que se vendem
a bom preço no artesanato.
Pentax K7, SMC Pentax 50mm 1:1,2
By me
sexta-feira, 11 de julho de 2025
Um retrato - Andreia
Uma das coisas interessantes sobre a fotografia em
particular e a imagem em geral é verificarmos existirem muitos mais retratos de
mulheres que de homens. Quer sejam feitos por homens ou por mulheres. Quer sejam
em fotografia, em cinema, em pintura...
E quem tiver dúvidas sobre esta desproporção, verifique nos
seus próprios arquivos fotográficos a relação entre homens e mulheres captados
individualmente.
Há várias teorias que justificam esta assimetria no retrato
humano.
John Berger dá-nos uma explicação possível, ainda que discutível
nos dias e com as tecnologias de hoje. Consulte-se o seu trabalho “Modos de ver”.
Por mim, e correndo o risco de ser apedrejado em praça
pública, entendo que faz parte daquele lado do fotógrafo menos simpático: o
desejo de posse. Não podendo possuir o que se vê e gostaríamos de guardar,
ficamos com o seu ícone. E será também uma questão cultural milenar.
Mas isto é assunto para muitas letras, não cabendo aqui e
agora.
Pentax K7, SMC Pentax 50mm 1:1,2
By me
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Brincar com coisas sérias
Brincadeiras didáticas para adultos e não só.
Perspectivas, linhas implícitas, condução do olhar, leituras.
Ferramentas para contar histórias.
segunda-feira, 7 de julho de 2025
A boneca
No café aqui da rua vejo a mocinha de serviço na caixa às
voltas com uma caixa contendo um boneca. A caixa era grande, meio metro bem
medido, e a boneca na proporção. E estava ela, a mocinha, de conversa com um
cliente.
Quando fui pagar meti-me com a mocinha, dizendo “Então,
ainda brinca com bonecas?”
A resposta calou-me a vários níveis.
“É de um cliente que me pediu para a guardar aqui até mais
logo. É para mandar para a filha, em Cabo Verde, que queria uma boneca da
Europa.”
Contém tanto esta resposta que é difícil de enumerar.
A fotografia? É de arquivo e com uns 20 anos. Não queriam
que eu fosse fotografar a que há-de realizar um sonho em Cabo Verde, pois não?
By me
sábado, 5 de julho de 2025
F.....
As coisas são como são: puritanismos bacocos.
Num jornal on-line mostram-nos um curto vídeo onde um homem
caído no chão é violentamente agredido a soco e pontapé na cabeça.
Alguém junto ao telemovel e fora de imagem pergunta se se
chama uma ambulância e um terceiro, também fora de imagem, responde “Não, que
se f...”
O que está entre aspas é a cópia do texto do texto do
jornal. Já o vídeo, na palavra censurada, tem o clássico piiiiiii por cima para
que não a oiçamos.
Palavras ditas feias, mas que todos conhecem, têm que ser
disfarçadas para não ofender os bons costumes. Já um homem indefeso e caído no
chão ser pontapeado na cabeça, nas costas, no torax, no ventre... isso já se
pode mostrar a todo o público e de todas as idades.
Já agora: isto aconteceu em São Martinho do Porto e o
agressor é espanhol e pescador. E já referenciado e impune por actos
semelhantes.
Mas os perigosos são os migrantes da ásia, da áfrica ou das
américas.
Pentax K1
mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5