Há coisas que podemos deduzir directamente da simples
observação, mesmo pouco ou nada sabendo sobre o objecto de per si.
A escala indicada pelo ponteiro é calibrada em footcandles,
o que nos referencia para o mercado anglo-saxónico em exclusivo.
A escala de sensibilidades é apenas em valores ASA, o que
nos dá a indicação de ser para o mercado norte-americano.
A sensibilidade máxima prevista na escala é de ASA 800 e
mínima de ASA 1,2. Admito que o mínimo que usei foi de ASA 12 e foi há bastante
tempo.
A abertura de diafragma mínima da calculadora é 45, o que
nos dá uma pista sobre o tipo de objectivas em uso aquando do fabrico. Já o seu
máximo ser 1 será mais uma fantasia matemática que uma utilidade real.
O tempo mínimo de exposição previsto na calculadora é 1/800 de
segundo mas o máximo é de 120 minutos, o que nos leva a pensar nas
sensibilidades, objectivas e utilizações da época.
O peso... bem, não é de todo comum um aparelho destes pesar
tanto quanto este: 300 gramas, medidos em casa.
Uma observação mais atenta mostra que a forma de a célula
receber a luz é tudo menos o habitual.
O logotipo do fabricante remete-nos para uma marca, bem
explícita em letras mais pequenas, fundado por Tomas Edison, e que não é conhecida
por fabricar aparelhos de medida de luz: General Electric.
O meu palpite foi que seria algures do anos ’50. Acabei por
saber que o modelo foi lançado em 1950.
E, bem mais raro com esta idade, reagia à luz.
O preço? Não foi de pechincha mas estava em linha com o que
palpitei e, mais tarde, vim a constatar na web.
Acabei por trazer daquela feira de “tralha”, e já no seu
final, um fotómetro “2D”, com mais que um ângulo de leitura, com quase 3/4 de
século, em muito bom estado “cosmético”, e funcional. Faltará saber da
fiabilidade dos seus resultados mas isso será para quando tiver tempo e o tempo
estiver bom.
Nota adicional: não confundir um fotómetro com um luxímetro
e nenhum dos dois com um exposímetro.
Pentax K1
mk2, Tamron SP Adaptal2 90mm 1:2,5
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